Caro(a) aluno(a), sou a professora Valdilene Wagner, Graduada em Educação Física e em Pedagogia, Especialista em Educação Especial e Mestre em Promoção da Saúde. Possuo nove anos de experiência na Educação Básica, atuando na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Possuo experiência em desenvolvimento de projetos em escolas de Educação em Tempo Integral. Tenho experiência docente na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Atuei com projetos em Centros de Integração, atendendo a crianças e adolescentes de sete a quatorze anos em grau de vulnerabilidade social.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada sete pessoas que habitam o planeta: uma possui deficiência. Esse número tende a crescer nos próximos anos devido ao prolongamento da expectativa de vida e ao aumento global das doenças crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, distúrbios de saúde mental e, ainda, em decorrência dos diversos tipos de acidentes, tais como: de trânsito, quedas, violência, emergências humanitárias, incluindo desastres naturais e conflitos, dieta pouco saudável e abuso de substâncias (OMS, 2015).
Nesse contexto, estratégias para inclusão e acessibilidade são continuamente pensadas no mundo contemporâneo. A acessibilidade deve abranger a toda população como direito humano universal, porém ocorrem casos em que o ambiente, o Estado ou as barreiras arquitetônicas, dentre outros fatores, não oferecem essa condição a todas as pessoas de maneira equânime. Nessa perspectiva, padecem os grupos com algum tipo de deficiência, pois, quando privados do acesso a direitos consolidados, acabam mantendo-se em condições de vulnerabilidade (WERNECK, 2000).
Dentre as estratégias utilizadas para inclusão, encontra-se a tecnologia assistiva que, sob uma perspectiva abrangente, visa oportunizar o acesso ao convívio com as diferenças, na tentativa de minimizar a opressão e a exclusão desses grupos. Ela pode ser um recurso para este e outros fins por possibilitar o reconhecimento e o sentimento de pertencimento nas interações sociais, propiciando a igualdade de direitos e o exercício das liberdades fundamentais, bem como da cidadania (CONTE; OURIQUE; BASEGIO, 2017).
A intenção deste livro é oferecer uma reflexão que possibilite contribuir com a compreensão das temáticas aqui apresentadas, considerando pontos de vista importantes de algumas dimensões a que se aplicam os conhecimentos sobre acessibilidade e tecnologia assistiva.
Por isso, as unidades deste livro intencionam tratar dos aspectos históricos e conceituais que fundamentam o desenvolvimento da tecnologia assistiva como estratégia para acessibilidade; tratam, ainda, da importância das relações sociais de reconhecimento e dos direitos de acessibilidade e inclusão; também discorrem sobre o cenário das inovações e acerca dos desafios na formação e no mercado de trabalho, tudo a fim de proporcionar os conhecimentos necessários para atuação profissional em campos que englobam as áreas de acessibilidade e tecnologia assistiva, promovendo a inclusão, incorporação de novas tecnologias para aprendizagem, a qualidade de vida e a fruição das liberdades a que tem direito cada ser humano.